Oficina de Parentalidade do TJSP: Transformando Conflitos em Cooperação Familiar


A Oficina de Parentalidade do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) é uma iniciativa inovadora que vai muito além do rito processual, atuando diretamente na esfera humana e emocional das famílias em processo de divórcio. Este programa funciona como uma ponte entre o conflito e a cooperação, oferecendo um verdadeiro alicerce para a construção de um futuro mais saudável para pais e filhos.

Criada como um programa educacional, preventivo e multidisciplinar, a oficina tem como objetivo ajudar todos os envolvidos a superar as dificuldades inerentes à reestruturação familiar. Os participantes aprendem a comunicar-se de maneira eficaz, gerenciar emoções complexas e proteger seus filhos dos efeitos negativos de uma abordagem conflituosa, transformando a separação em um processo de reorganização e não de destruição.

A Oficina de Parentalidade capacita os pais a se tornarem protagonistas na solução de seus próprios litígios, mostrando que é possível manter uma relação parental colaborativa e saudável, mesmo após o fim do casamento.

Exemplo prático do que pode acontecer numa destas oficinas

Imagine the seguinte situação, que é um exemplo totalmente prático do que pode acontecer em uma Oficina de Parentalidade do TJSP:

João e Maria estão em processo de divórcio, com um pedido de guarda em tramitação. Eles mal se falam e a comunicação é cheia de conflitos, o que está afetando os dois filhos pequenos. O juiz, percebendo a situação de alta litigiosidade, determina que ambos participem da Oficina de Parentalidade, que é um programa educativo e preventivo.

O que acontece na oficina:

  1. Chegada e separação: João e Maria chegam ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) e são orientados a participar de salas separadas. As oficinas para pais e mães são realizadas em ambientes distintos para que a atenção se volte para a experiência individual de cada um.
  2. Sessão dos pais: Na sala de João, um instrutor capacitado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) conduz a atividade. Ele usa vídeos e slides para explicar o impacto psicológico do divórcio no desenvolvimento dos filhos, mostrando como o conflito entre os pais pode gerar insegurança e ansiedade nas crianças. O instrutor aborda temas como a importância de separar o papel de ex-cônjuge do papel de pai/mãe, e como manter uma comunicação saudável e funcional sobre os filhos.
  3. Sessão dos filhos: Ao mesmo tempo, na sala ao lado, uma equipe com psicólogos e assistentes sociais trabalha com as crianças. Em vez de simplesmente conversar, eles usam atividades lúdicas como jogos, desenhos e encenações. Por exemplo, a criança pode desenhar a “família como ela era” e a “família como ela é agora”, expressando graficamente seus sentimentos sobre a mudança. O objetivo é criar um espaço seguro para que elas se sintam à vontade para expressar seus medos e sentimentos, sem a pressão dos pais.

O resultado prático:

Ao final da oficina, João e Maria se reencontram. Eles não resolvem todos os problemas, mas adquirem um novo olhar sobre a situação. João, por exemplo, entende que a raiva que sente de Maria não pode ser transferida para a relação dele com os filhos. Maria, por sua vez, compreende que a decisão sobre a escola ou o tratamento de saúde deve ser uma responsabilidade compartilhada, e não uma forma de controle.

O aprendizado na oficina os deixa mais preparados para a audiência de mediação que virá a seguir. Com uma nova perspectiva e ferramentas de comunicação, eles conseguem dialogar com o mediador e chegar a um acordo para a guarda e as visitas, sem a necessidade de uma longa batalha judicial. A oficina, na prática, desativa o “modo de combate” e ativa o “modo de cooperação”, facilitando a solução do conflito de forma pacífica e, o mais importante, benéfica para as crianças.

Temas abordados

O programa aborda diversos assuntos essenciais para o bem-estar familiar:

  • Compreensão dos efeitos emocionais e psicológicos da separação em adultos e crianças
  • Prevenção da alienação parental
  • Comunicação não violenta
  • Reflexão sobre escolhas que moldam o futuro da família

Por meio de dinâmicas, vídeos e explanações, pais, filhos e adolescentes são convidados a refletir sobre suas ações e seus impactos, aprendendo estratégias de adaptação para essa fase de mudança. Muitas vezes, a participação é uma determinação judicial, mostrando-se eficaz na preparação para mediações ou conciliações, aumentando a chance de acordos duradouros e pacificando relações familiares.

O papel do advogado de família

A atuação de um advogado especializado em Direito de Família, como o VM Advogados, é fundamental nesse contexto. Não apenas representamos nossos clientes em juízo, mas também orientamos sobre a importância da Oficina de Parentalidade, ajudando a transformar o aprendizado em atitudes práticas e legais que beneficiem toda a família.

Combinando conhecimento técnico-jurídico e compreensão das dinâmicas familiares, oferecemos suporte completo, estratégico e humanizado, garantindo que direitos e deveres sejam respeitados e que a reestruturação familiar ocorra com o mínimo de atrito. Nossa experiência em peças processuais e o acompanhamento das jurisprudências mais recentes do TJSP permitem conduzir cada caso com competência e sensibilidade.


Se você está passando por um divórcio ou reestruturação familiar…

A assessoria jurídica adequada é o guia seguro nesse momento desafiador. A equipe do VM Advogados está pronta para oferecer orientação completa e humanizada, ajudando a transformar conflitos em soluções conscientes e duradouras.

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